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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Papa saúda os fiéis em português


Durante a histórica audiência geral na manhã desta quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013. Papa Bento XVI, que no último dia 11 surpreendeu o mundo anunciando sua renúncia ao ministério petrino, despediu-se hoje dos fiéis católicos na Praça São Pedro.

Assim o Papa Bento XVI saudou os fiéis em português na última audiência pública do seu pontificado: "Amados peregrinos de língua portuguesa, agradeço-vos o respeito e a compreensão com que acolhestes a minha decisão. Continuarei a acompanhar o caminho da Igreja, na oração e na reflexão, com a mesma dedicação ao Senhor e à sua Esposa que vivi até agora e quero viver sempre. Peço que vos recordeis de mim diante de Deus e sobretudo que rezeis pelos Cardeais chamados a escolher o novo Sucessor do Apóstolo Pedro. Confio-vos ao Senhor, e a todos concedo a Bênção Apostólica".

Diocese de Amparo ganha Santuário Diocesano e o seu primeiro Plano de Pastoral

Dom Pedro preside à celebração festiva e campal
A Diocese de Amparo (SP), em missa festiva e campal nas escadarias do Santuário Sr. Bom Jesus de Monte Alegre do Sul, celebrou a instalação daquela Igreja Matriz como Santuário Diocesano. A missa, presidida por Dom Pedro Carlos Cipolini, bispo Diocesano, e concelebrada pelos padres da Diocese, aconteceu neste domingo, dia 24 de fevereiro. Nessa mesma missa foi entregue o 1º Plano de Pastoral da Diocese.
Cerca de 2 mil fiéis peregrinos marcaram
presença na celebração
Todas as paróquias da Diocese foram em peregrinação ao Santuário, reunindo, na praça de frente à Igreja, mais de 2 mil pessoas das 11 cidades da Diocese de Amparo. A missa teve início as 15h30. Já no inicio foi lido o Decreto de Instalação do Santuário. Na homilia, Dom Pedro Carlos ressaltou “que o Santuário foi quisto primeiro por Deus, depois pelo povo e agora pela Igreja que o reconhece”. Após a homilia foi entregue o Plano de Pastoral, elaborado de modo participativo por membros das paróquias e com grande participação do povo nos estudos que o antecederam.
O evento também celebrou o 35º aniversário de Sacerdócio de Dom Pedro Carlos Cipolini. Após a missa houve uma confraternização. Durante este ano, as paróquias da Diocese de Amparo irão com seus paroquianos em Romaria ao Santuário, que já se prepara para receber os peregrinos.
De Amparo, Pe. André Rossi, Assessor Diocesano de Comunicação

Nossa fé em Jesus Cristo: Tabor e Calvário

Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo e Presidente do Regional Sul 1 da CNBB

Quaresma no Ano da Fé: quanta coisa bonita da nossa fé temos a recordar neste “tempo favorável”! Logo no início da Quaresma, na Quarta-feira de Cinzas, ouvimos este apelo: “convertei-vos e crede no Evangelho”. A conversão, antes de tudo, é para a própria fé; é um “voltar-se” para Deus, ouvir Deus, ir ao seu encontro, abrir espaço para acolher Deus na vida, obedecer a Deus e ter a alegria de estar com Deus. Sim, porque é em comunhão com ele que está a nossa vida e nossa paz.

E isso tem a ver com nossa fé em Jesus Cristo, fé que renovaremos alegremente na noite pascal. Jesus Cristo, Filho de Deus feito homem, nosso Salvador e Senhor da Igreja, está no centro da nossa fé, inseparavelmente unida à fé em Deus.

No segundo domingo da Quaresma, lemos o Evangelho da transfiguração de Jesus no Tabor (cf Lc 9, 28-36), que nos traz alguns elementos basilares de nossa fé em Jesus Cristo. Os discípulos já viam em Jesus alguém extraordinário, mas ainda não tinham compreendido quem, de fato, ele era. Três deles – Pedro, Tiago e João –, acompanham Jesus ao alto do monte, onde Jesus se põe a rezar e se “transfigura” diante deles. O evangelista descreve uma cena do céu: Jesus, glorioso, resplendente, em companhia dos santos, na presença de Deus Pai. Pedro fica deslumbrado com a glória de Deus, quer ficar ali para sempre: “Bom é estar aqui! Façamos aqui três tendas...”.

Por um momento, ele experimentou que estar com Jesus é estar com Deus, é ter a “salvação”, é estar no céu! Não bastasse o esplendor da glória divina que brilha em Jesus e os envolve também, eles ainda ouvem a voz vinda da nuvem, sinal bíblico da presença de Deus: “este é meu filho, o escolhido. Escutai o que ele diz!”. É o próprio Deus que atesta quem é Jesus: é o Filho amado, o Escolhido para dar vida e esperança a todos os homens. Ouvir o Filho é ouvir o Pai, que o apresenta e recomenda aos homens.

Pedro e os companheiros fizeram a experiência da beleza, do deslumbramento, da paz, da saciedade, do objetivo final de todas as buscas, da realização plena do sentido da vida: “é bom estar aqui! Vamos ficar para sempre!”. A expressão traduz aquilo que experimentam os bem-aventurados e santos no céu, na companhia de Deus. Pedro, Tiago e João sentiram isso, estando com Jesus na transfiguração.

Os demais apóstolos tiveram essa mesma experiência nos encontros pascais com Jesus, após sua ressurreição. E será essa a base inabalável para sua fé, que depois os sustentará nas perseguições, ameaças, torturas e até diante do martírio: “não podemos deixar de falar do que vimos e ouvimos, do que nossos olhos contemplaram e nossas mãos tocaram...”. Nossa fé em Cristo nos dá essa experiência antecipada da plenitude, do céu, da “salvação”, embora isso ainda seja “através do véu”, e não visão clara e definitiva.

Jesus, com seus discípulos, desce novamente do monte da glória e volta para a planura da vida presente. Ainda não é a hora do céu e Jesus os convida seguir com ele para Jerusalém, o lugar da sua rejeição e condenação à morte. Por enquanto, a vida é caminho no seguimento dele e de anúncio do Reino de Deus. Também eles devem tomar sua cruz cada dia e seguir atrás de Jesus. A transfiguração foi para lhes dar certeza e coragem, para não se escandalizarem diante da humilhação e do desprezo, diante da condenação de Jesus à morte. “A fé é a certeza a respeito das coisas que ainda se esperam” (Hb 11,1). Na base de nossa fé está Jesus Cristo, Filho de Deus, verdadeiro homem, a quem Deus enviou ao mundo com autoridade e poder para “salvar” o homem.

No Tabor, os apóstolos tinham visto a glória de Cristo; no Calvário, eles só veem o homem desfigurado, desprezado, desacreditado... Custa-lhes crer que ele seja o Filho de Deus! Ficam escandalizados, fraquejam e fogem. Apenas João permanece junto da cruz. Contudo, depois do encontro com o Ressuscitado, os outros também voltam a Jesus, a começar por Pedro; ficam novamente fortes na fé em Jesus Cristo, Filho de Deus, Filho do Homem. Por ele dão a vida e nunca mais deixarão de falar, também através dos seus sucessores, das coisas que viram e ouviram.

Publicado em O SÃO PAULO, ed. de 26.02.2013

Conselho de Leigos realiza Assembleia Geral em Bauru

O Conselho Nacional do Laicato do Brasil – (CNLB) do Regional Sul 1 da CNBB, realiza nos dias 1, 2 e 3 de março, no Centro de Transformação e Vivências (CTV), em Bauru (SP), a sua Assembleia Geral Ordinária.

A Assembleia que dará continuidade ao processo de formação, terá como tema “Por um novo agir, com fé renovada e esperança ativa”, ligado às celebrações pelos 50 anos da realização do Concílio Vaticano II, que será refletido por mais de uma centena de conselheiros adultos e jovens.

Durante a realização da Assembleia, no dia 2 à noite, acontece solene celebração, fazendo memória pelos 40 anos de atividades da Pastoral da Juventude. “Será uma celebração para reafirmar profeticamente a caminhada do CNLB-SUL 1 com a juventude, revigorando a opção afetiva e efetiva pela vida dos jovens no Estado de São Paulo”, destacou um dos coordenadores da animação litúrgica do CNLB-SUL 1.

Colaboração, Reinaldo Oliveira

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Nossa fé na Igreja

Por Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo e Presidente do Regional Sul 1 da CNBB

Desde que, no dia 11 de fevereiro, o papa Bento 16 anunciou que renunciará à Cátedra de São Pedro como Sumo Pontífice, no dia 28 de fevereiro, apareceram na mídia as manifestações mais diversas sobre o Papa e a Igreja. De repente, a Igreja Católica está novamente no centro das atenções, talvez até para a surpresa e irritação daqueles que achavam que ela já fosse página virada na história. Muitas dessas manifestações são compreensíveis apenas a partir de posições preconceituosas em relação à Igreja, que não vão além de retirar da gaveta (ou da internet) velhos fichários, aplicando-os às circunstâncias presentes de maneira inapropriada e até injusta. Quanta especulação em torno da renúncia do Papa!

Mas quem leu as palavras do próprio Bento 16, ao apresentar sua intenção de renunciar diante de um grupo de cardeais? Elas foram logo sendo colocadas de lado ou postas sob suspeita, como não verdadeiras, e todas as atenções voltaram-se para as teses de supostos “entendidos” nas coisas do Vaticano, mais sabedores das intenções do Papa que ele próprio!

Será que o Papa não merece mais respeito e crédito naquilo que disse em seu comunicado, emitido somente depois de longa e conscienciosa reflexão e oração diante de Deus? Falaram de tribuna os críticos do Papa e da Igreja; mereceriam eles mais fé que o próprio Papa, quando fala da sua intenção de renunciar e dos motivos que o levaram a isso? Algumas considerações dão a impressão de não distinguir entre o que é fantasia de romance e de cinema e o que é a realidade mesma. Como é importante, nesses momentos, ir às fontes, ao texto original, e não se basear em conceitos e considerações várias vezes recicladas, até perderem a aderência ao fato que lhes deram origem!

A verdade é que o próprio Bento 16 havia aludido, há cerca de dois anos, a possibilidade da renúncia no livro de entrevistas dadas a um jornalista alemão, publicado em português com o título – “Luz do Mundo”. Por outro lado, embora a renúncia de um papa seja um fato novo para nós, essa possibilidade até está prevista no Código de Direito Canônico. O Papa teria renunciado por pressão de alguém? Tenho a certeza de que não foi por isso. Ele mesmo disse que tomou essa pesada decisão somente depois de rezar longamente e de examinar várias vezes a sua consciência diante de Deus. As suas condições de saúde, devidas também à idade, já não lhe permitiam mais levar adiante, de maneira adequada, a grande responsabilidade de sumo pontífice. Por isso, decidiu renunciar e pediu que os cardeais elejam um novo papa.

E como fica a Igreja? Deverá ter um novo papa, pois ela tem no papa o sucessor do apóstolo Pedro, a quem Jesus confiou o pastoreio universal das ovelhas do Supremo Pastor, Jesus Cristo. Como Pedro, o papa recebe de Cristo a missão de “confirmar os irmãos na unidade fé” e de ser o “primeiro” dentre os sucessores dos apóstolos, que são os bispos; estes, unidos ao papa, são responsáveis pela Igreja presente em cada uma de suas dioceses. Todos juntos e unidos ao papa, eles são responsáveis pela vida e a missão da Igreja inteira. Nossa Igreja não pode ficar por longo tempo sem o papa. E enquanto a sede de Pedro está vacante, a própria norma da Igreja prevê como deve acontecer tudo para eleger um novo papa.

Neste tempo, devemos colocar-nos em atitude de oração e pedir que o Espírito Santo aumente a nossa fé e conduza a Igreja na fidelidade a Cristo e seu Evangelho. O Espírito o faz através das mediações humanas, em que pode haver deficiências e falhas, como acontece em toda parte onde há pessoas e organizações humanas. No entanto, sendo o Espírito Santo a “alma da Igreja” e Aquele que a conduz de maneira sua, e misteriosa e segura, ela sempre consegue encontrar as respostas para as situações novas que vive.

As avaliações e análises sobre a Igreja, que a consideram simplesmente uma organização humana e não levam em conta essa realidade de fé, acabam sempre sendo deficientes. Só com o olhar da fé, e a partir de dentro dela, é que se pode compreender bem a Igreja. Ela faz parte daquele Mistério da Fé, relacionado diretamente com o desígnio e a ação de Deus salvador e com o Mistério de Jesus Cristo Salvador.
Publicado em O SÃO PAULO, ed. de 19.02.2013

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Sub-região Aparecida anuncia novo subsecretário

Presidência do Regional Sul 1 recebeu a primeira visita
do Pe. Leandro. Ele a direita da foto ao lado do Pe. Kleber
Após a saída do padre Kleber Rodrigues da Silva da coordenação da sub-região pastoral de Aparecida, foi anunciado o novo padre coordenador de pastoral. Trata-se do padre Leandro Alves de Souza, que assume o cargo de subsecretário de pastoral da Sub-Região Aparecida.

Pe. Leandro da diocese de Taubaté e atua como Vigário Paroquial do Santuário de Santa Teresinha, em Taubaté, e assume a Coordenação Diocesana de Pastoral, também no lugar do Padre Kleber. Agora no Regional Sul 1 da CNBB, o padre ficará responsável junto com Dom Carmo João Rhoden, Presidente da Sub-região Aparecida promover o intercâmbio e a partilha entre as dioceses que compõem essa sub-região (Aparecida, Caraguatatuba, Lorena, São José dos Campos e Taubaté) e encaminhar à Comissão Episcopal Representativa assuntos pastorais que devem ser tratados em âmbito do Regional.

"Trata-se de um desafio e de uma grande responsabilidade, no entanto, contamos com a graça do Espírito Santo e vamos procurar dar continuidade ao que já vinha sendo feito pelo Padre Kleber", disse Pe. Leandro, ao Informativo do Regional Sul 1 da CNBB.

O novo subsecretário já começou seus trabalhos nesta quinta-feira (14), durante sua apresentação na reunião da Comissão Representativa do Regional Sul 1 da CNBB, em São Paulo. O Padre Kleber continua na coordenação da Comissão de Liturgia do Regional Sul 1.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Conser Sul 1 partilha temas para a próxima Assembleia dos Bispos


O Conselho Episcopal Regional Sul 1 da CNBB realizou reunião da Comissão Episcopal Representativa nesta quinta-feira, 14 de fevereiro com extensa pauta de trabalho, destacando-se a partilha de temas para a 76ª Assembleia Regional dos Bispos, que será realizada em Aparecida, SP, nos dias 10 a 12 de junho de 2013.

Na abertura, o presidente do CONSER Dom Odilo Pedro Scherer, cardeal arcebispo de São Paulo refletiu o texto de Is 55, 6-7, da Oração das Nove: “Com este texto a Igreja repete o apelo da Liturgia da Quarta-feira de Cinzas: voltai ao vosso Deus e Senhor, arrependendo-se dos vossos pecados”. Sobre a Campanha da Fraternidade de 2013, com o tema “Fraternidade e Juventude” e o lema “Eis-me aqui, envia-me” (Is 6,8), refletiu o arcebispo: Esperamos que esta Campanha da Fraternidade consiga envolver a sociedade como um todo na questão do jovem. Não é uma Campanha dos jovens, mas momento propício para o envolvimento da sociedade para refletir o momento da juventude no Brasil, ouvindo os jovens. Uma questão para refletirmos seriamente: que mundo estaremos entregando às gerações futuras? Há hoje um desmanche de valores. Precisamos lutar contra isso. A inclusão e a participação dos jovens na vida da Igreja é sumamente importante, mas para isso precisamos resgatar valores religiosos que a sociedade vem perdendo”, completou.

O presidente também exortou para a preparação do que chamou de “grande momento do Regional neste semestre: a Assembleia Regional dos Bispos”. Também comentou a renúncia do papa Bento XVI: “A decisão do papa foi livre, coerente e pública. Foi um ato que surpreendeu a todos, mas que demonstra humildade, desapego ao poder e sabedoria”.

O secretário-geral Dom Tarciso Scaramussa, Bispo Auxiliar de São Paulo conduziu os trabalhos. Divididos em grupos, os participantes apresentaram várias sugestões de temas para a Assembleia dos Bispos, destacando-se: “retomada das exigências da Ação Evangelizadora, com ênfase em “Comunidade de Comunidades”; como transmitir a Fé na família e na sociedade; o que propor para a juventude após a Jornada Mundial da Juventude”. Os bispos receberam as sugestões para a devida partilha na reunião reservada e o tema definido será anunciado por ocasião do envio das cartas-convites.

A reunião terminou após os comunicados dos Sub-regiões pastorais e Organismos.

Colaboração, Diác.  José Carlos Pascoal.