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terça-feira, 31 de julho de 2012

Os jovens estão chegando!

Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo e Presidente do Regional Sul 1 da CNBB

Falta menos de um ano para a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro (JMJ), em julho de 2013. A Arquidiocese do Rio de Janeiro, dias atrás, lançou o anúncio, em forma de apelo: “Preparai os caminhos do Senhor!” (cf  Lc 3, 3-6).

Bem pensado, pois a JMJ, de 23 a 28 de julho de 2013, vai ser a ocasião para um encontro intenso com o Senhor – este é seu objetivo fundamental. Serão centenas de milhares de jovens, senão milhões, que se movimentarão pelo Brasil todo e se dirigirão ao Rio: um momento de graça especial de Deus para os jovens e para toda a Igreja. Por isso, é necessário preparar caminhos e ambientes, para acolher bem essa visita de Deus. O encontro será tanto mais proveitoso quanto mais for bem motivado e preparado.

Encontros com Deus acontecerão de muitas formas: nos muitos encontros com os jovens que creem e testemunham sua fé em outras partes do mundo; através da reunião “em nome de Jesus”, uma vez que ele prometeu estar presente onde dois ou mais se reunirem em seu nome. A JMJ será um grande evento eclesial e acontecerá “em nome do Senhor”. Encontros com o Senhor acontecerão na Eucaristia, na escuta da Palavra de Deus, no Sacramento da Reconciliação e na presença do Papa, Sucessor de Pedro...
Os caminhos do Senhor passam pela máxima difusão da JMJ entre os jovens, a preparação dos grupos que participarão e sua inscrição, pelo site da Jornada (http://www.rio2013.com/). As informações e orientações do Comitê Organizador já estão lá, à disposição de todos.

Pais, educadores, responsáveis por organizações eclesiais, paróquias, congregações, pastorais, movimentos, associações, novas comunidades, procurem todos apoiar os jovens, para dar-lhes a possibilidade de fazerem essa experiência única; é a melhor coisa que podem fazer por eles! Não se arrependerão, pois será marcante para o resto da vida dos jovens que participarão da JMJ. E isso significa também apoiá-los na consecução dos recursos necessários para a inscrição e a viagem.

Preparar os caminhos do Senhor, para a JMJ, significa ainda criar um clima favorável nas próprias famílias, comunidades e organizações da Igreja, para a realização da Semana Missionária, de 17 a 21 de julho de 2013, antes do encontro do Rio. Serão necessárias muitas famílias e instituições acolhedoras para hospedarem os milhares de jovens que virão de muitos países para um intercâmbio cultural, religioso e missionário com nossos jovens. Serão necessários muitos voluntários em cada paróquia, para proporcionarem boa acolhida e hospitalidade aos jovens. Significa ainda boa organização da Semana Missionária da JMJ, para a participação nas várias atividades propostas.

A JMJ requer também estruturas adequadas para o transporte com segurança e conforto para tantos hóspedes, que virão de fora do Brasil, bem como para os jovens que, em todo o nosso país, se mobilizarão e dirigirão para o Rio. E aí já não depende mais das comunidades e organizações eclesiais, mas das autoridades competentes. Enquanto há preocupações com a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, ainda não percebo que haja preocupação com a JMJ de julho de 2013!

Vivemos um ano de graças especiais para a juventude, um “tempo favorável”; que ele não passe, sem que eles aproveitem muito! “Tenho medo que o Senhor passe por mim e eu não lhe dê atenção”... Preparai os caminhos do Senhor!

Publicado em O SÃO PAULO, ed. de 31.07.2012


Diocese promove o 1º Retiro para jornalistas

A Diocese de Barretos (SP), através da Pastoral da Comunicação irá promover nos dias 20 e 21 de outubro, o Retiro para Jornalistas Católicos com o tema “Silêncio e Palavra: caminho de evangelização”. O tema é o mesmo da mensagem do Papa Bento XVI proposta para a reflexão do 26º Dia Mundial das Comunicações Sociais.

O retiro será pregado pelo padre Samuel de Carvalho, da Congregação Oblatos de Cristo Sacerdote, da Cidade de Maria.

As inscrições devem ser feitas pelo telefone (17) 3322-3565, com Milton Figueiredo, até o dia 11 de outubro com a contribuição de R$ 15,00. São apenas 30 vagas para o retiro e podem participar jornalistas de toda a diocese.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Encerrado Encontro dos Secretários-executivos dos Regionais da CNBB




Dom Tarcísio preside missa de encerramento
do Encontro dos secretários regionais da CNBB

O Encontro dos secretários e secretárias executivos dos Regionais da CNBB, realizado desde segunda-feira (23), em São Paulo (SP), foi encerrado na manhã desta sexta-feira (27), no Mosteiro de São Bento com uma missa presidida pelo secretário geral do Regional Sul 1 da CNBB, dom Tarcísio Scaramussa. Na missa, o Bispo salientou a importância do trabalho dos secretários dos Regionais da CNBB.

Foram cinco (05) dias de formação, reflexão e partilha, além de momentos de convivência e lazer entre os secretários vindos dos diversos estados do Brasil.

Em entrevista concedida a equipe do Regional Sul 1 da CNBB, ao final da missa a secretária Executiva do Regional Norte 2 que compreende os estados do Amapá e Pará Orlanda Rodrigues Alves, afirmou que o encontro atingiu seus objetivos. “Foi unânime a opinião entre os secretários presentes de que o encontro atingiu os objetivos. Foi muito interessante ver os secretários vindos de várias regiões do nosso país aprendendo e compartilhando”, acrescenta. Ainda segundo a secretária “o encontro que tivemos com o cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, nos possibilitou conhecer um pouco de como é a realidade do Regional Sul 1”.

No penúltimo dia do encontro (26), os participantes, fizeram um City Tour pelos principais Pontos Turísticos de São Paulo os museus da Língua Portuguesa e de Arte Sacra. À noite, participaram de uma visita na Basílica do Mosteiro de São Bento, onde foram recepcionados pelo Dom Abade Mathias Tolentino Braga, abade do Mosteiro São Bento.

O Encontro reuniu secretários provenientes dos Regionais da CNBB: Norte 1 (Norte do Amazonas e Roraima); Norte 2 (Amapá e Pará); Nordeste 2 (Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte); Nordeste 3 (Bahia e Sergipe); Nordeste 4 (Piauí); Nordeste 5 (Maranhão); Leste 2 (Espirito Santo e Minas Gerais); Regional Sul 1 (São Paulo); Sul 2 (Paraná); Sul 3 (Rio Grande do Sul); Sul 4 (Santa Catarina); Centro Oeste (Distrito Federal, Goiás e Tocantis); Oeste 1 (Mato Grosso do Sul); Oeste 2 (Mato Grosso) e Noroeste (Acre, sul do Amazonas e Rondônia). Além dos Secretários Regionais participou do encontro o subsecretário adjunto de Pastoral da CNBB, padre Francisco Julho de Souza.

O próximo encontro está marcado para 2013 e deve ocorrer no Regional Nordeste 1, em Fortaleza no Ceará. Confira abaixo algumas fotos:



Os monges do Mosteiro de São Bento, em São Paulo
recepcionaram os participantes do encontro

Participantes com o cardeal Dom Odilo
em visita à sede do Regional Sul 1
Uma viagem pela história da Língua Portuguesa

City tour no Museu de Arte Sacra
 

O abade Dom Mathias explica aos membros do grupo
cada detalhe das pinturas da decoração interna da Igreja em estilo Beuronense.


quarta-feira, 25 de julho de 2012

Catequistas estiveram reunidos em São Paulo

Dom Vilson (ao fundo) no encerramento do evento
que reuniu cerca de 180 catequistas

O Centro Pastoral Santa Fé em São Paulo (SP), acolheu dois grandes eventos promovidos pela Comissão de Animação Bíblico-Catequética do Regional Sul 1. O primeiro grande evento foi nos dias 17 a 19 de julho, quando os participantes aprofundaram no tema “Formação nas Escolas Diocesanas de Catequese”, contando com vários assessores, dentre estes, Pe. Eugenio Pessato (Campinas), Pe. Fabio Ernesto (Taubaté), Pe Paulo Gil (Santana), Pe. Geraldo Raimundo Pereira (Lapa) e Dom Vilson Dias de Oliveira, DC, bispo de Limeira e Referencial da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética.
De 20 a 22 de julho, teve lugar a XXVI Assembleia da Comissão de Animação Bíblico-Catequética do Regional Sul 1 com o tema: "Caminho para o discipulado missionário", tendo como lema: "Fala Senhor na nossa voz".
Na abertura, os participantes foram acolhidos pelo Pe. Pelegrino de Rosa Neto (Diocese de Guarulhos), em seguida as sub-regiões apresentaram um breve resumo sobre os trabalhos desenvolvidos no Estado em relação às catequeses: junto à pessoa com deficiência; com estilo catecumenal e familiar. 
No sábado pela manhã Pe. Paulo Cesar Gil, coordenador do Regional nos levou a vivenciar o tema: “A mística para a caminhada catequética no Regional Sul 1” com base no livro dos Atos dos Apóstolos  8, 26-40. No período da tarde Pe. Marcelo Delcin, Arquidiocese de São Paulo, conversou conosco à propósito do Ano da Fé, que terá início no próximo mês de outubro, convocado pelo Papa Bento XVI. Em seguida, reunidos por sub-regional, elaboramos algumas propostas de ações concretas para serem realizadas nos mesmos e sugestões para o regional durante o Ano da Fé. Os participantes tiveram a oportunidade também de participar de uma animada confraternização repleta de doces e apresentações musicais.
O domingo iniciou-se com a Celebração Eucarística presidida por Dom Vilson Dias de Oliveira, dc, bispo de Limeira e referencial da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética no Regional Sul 1, em seguida a catequista-blogueira Imaculada Cintra, da diocese de Franca, apresentou informações sobre o projeto “Rede de Blogs” (desenvolvido pela CNBB), lançando aos presentes o desafio de que todas as dioceses de nosso regional possuam um blog ligado ao blog do Regional, que por sua vez está ligado ao da Comissão de Animação Bíblico-Catequética Nacional (CNBB).  Os presentes receberam também maiores informações sobre o que serão o Congresso sobre os 20 anos do Catecismo da Igreja Católica e o Ano da Fé que será realizado em Curitiba, PR, de 07 a 09 de setembro e o Simpósio de Animação Bíblica da Pastoral – Regional Sul I que acontecerá nos dias 28,29 e 30 do mesmo mês no Centro Pastoral Santa Fé, SP.
O encerramento da XXVI Assembleia da Comissão de Animação Bíblico-Catequética se deu através de uma Celebração de Envio conduzida pela equipe da Diocese de Limeira, que presenteou a todos com uma cruz dourada.
Participaram da escola de formação e da assembleia em torno de 180 catequistas.
Texto de Bruno do Nascimento Caricatti - Diocese de Itapetininga e Dom Vilson Dias de Oliveira, DC, bispo de Limeira, SP

Secretários-executivos dos regionais da CNBB visitam sede do Regional Sul 1

O cardeal Dom Odilo (ao centro) com os secretários dos
regionais da CNBB

A sede do Regional Sul 1 da CNBB, em São Paulo, acolheu nesta terça-feira, 24 de julho, os secretários-executivos dos regionais da CNBB. Eles foram recebidos por Dom Tarcísio Scaramussa, secretário do Regional Sul 1 e padre Nelson Rosselli Filho, secretário adjunto do Regional Sul 1.


Além de conhecer o espaço do Regional, o grupo se reuniu nas dependências do auditório com Dom Leonardo Ulrich Steiner, Secretário Geral da CNBB e o padre Francisco de Assis Wloch, subsecretário adjunto de Pastoral. A reunião contou com a participação da assessoria de informática da CNBB, Alex da Silva Santos Barreto e Márcio Orsano, que partilharam experiências sobre os trabalhos realizados nos regionais e na sede da entidade, em Brasília.

No auditório, secretários partilham seus trabalhos
nos respectivos regionais
O responsável do Departamento de Informática do Regional Sul 4, Marcelo Luiz Zapelini  participou também da reunião e compartilhou um pouco dos trabalhos de informática desenvolvido pelo próprio Regional. Já o assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação, padre Clóvis Andrade, apresentou o projeto da Rede de Informática da Igreja no Brasil (RIIBRA).


Na parte da tarde, esteve presente no evento o presidente do Regional Sul 1, cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer que falou das ações do Regional e também da realidade urbana e pastoral da Igreja na cidade de São Paulo. O cardeal também presidiu a celebração eucarística. Na sua homilia, o cardeal Dom Odilo destacou algumas presenças eclesiais bastante significativas no Regional Sul 1: o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, o Pateo do Collegio, Mosteiro da Luz, entre outros;  como também os santos e beatos que viveram na cidade de São Paulo: Santo Frei Antônio de Santana Galvão,  Santa Madre Paulina, os beatos José de Anchieta e Mariano de La Mata.  Por fim o cardeal ressaltou a figura do Apóstolo São Paulo, patrono da Arquidiocese e discípulo dedicado e missionário de Jesus Cristo. Ao final da celebração, Dom Odilo agradeceu o secretário, padre Nelson Rosselli Filho pelo acolhimento durante o encontro dos secretários.

A visita à sede do Regional Sul 1 faz parte do Encontro Nacional dos Secretários Regionais da CNBB que está sendo sediado na capital paulista, desde a noite de ontem e segue até a próxima sexta-feira, 27 de julho.

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segunda-feira, 23 de julho de 2012

Com reflexão sobre a Mãe de Deus, clero encerra retiro anual



Dos dias 16 a 20 de julho, o clero da Diocese de Marília (SP), juntamente com o seu Bispo Diocesano, Dom Osvaldo Giuntini, reuniu-se no Seminário Santo Antonio, da cidade de Agudos, para realizar o seu retiro anual. O pregador foi Dom Edson Damian, Bispo da Diocese de São Miguel das Cachoeiras, no Amazonas.

Através dos fortes momentos de oração, o pregador levou os participantes a ficar, como a irmã de Marta, aos pés do Senhor. Através das meditações, ele conduziu a todos a contemplar o apóstolo Paulo e, a partir dessa contemplação, olharem e avaliarem a vida e o ministério pastoral.

No último dia de retiro, falando de Maria, o pregador foi mostrando como sua resposta de amor e de fé a Deus que a chamou para ser a mãe de seu filho Jesus.

Segundo o pregador, Dom Edson Damian, "Maria, toda de Deus e toda dos irmãos, é espelho para todos aqueles que também se sentem chamados a colaborar com Deus no plano da salvação. Como consagrada ao Senhor, a alegria de Maria está em Deus. Alegria de Maria está em servir, em ser a serva do Senhor. Todos os consagrados são chamados a aprender com Maria a expandirem-se na alegria do louvor, descobrirem os presentes, os milagres que o Senhor oferece, louvar e cantar como Maria cantou. Os presbíteros são chamados a aprender com Maria as manifestações de Deus na historia da humanidade, contemplar a vida as belezas das coisas e tornar na vida e no ministério pastoral um ser contemplativo".

Participaram desse retiro 47 padres, 13 seminaristas, 4 diáconos e 2 bispos. A missa de encerramento foi presidida por Dom Edson.

De Marília, Padre Valdemar Cardoso, Assessor Diocesano da Pascom

Regional Nordeste 2 lança WebTV


Durante o encontro de formação de Coordenadores Diocesanos do Regional Nordeste 2 da Animação Bíblico-Catequética em Campina Grande-PB entre os dias 11 e 14 de julho foi lançado mais um trabalho de formação via Web chamado de WEB TV ABC REGIONAL NORDESTE 2 (ABC Animação Bíblico-Catequética).

Com isso a Camissão Regional irá transmitir em tempo real as formações e também disponibilizar todos os vídeos em seu <http://catequeseregionalnordeste2.blogspot.com.br/> blog de variados temas com o objetivo de formar, capacitar e atender todos os catequistas do Regional NE2.

"A nossa Comissão não podia ficar de fora dessa realidade e está se adequando as novas tecnologias proporcionando uma qualidade de formação para nossos catequistas", explicam os organizadores.

Fonte: Site da CNBB Regional NE2.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Dom José Moreira preside Missa no 3º Encontro Nacional da Pascom


Dom José Moreira (ao centro) preside celebração
no auditório padre Noé Sotillo, no subsolo do Santuário

Uma missa e uma videoconferência marcaram a abertura das atividades desta sexta-feira, 20 de julho, do 3º Encontro Nacional da Pascom, promovido pela CNBB no Santuário Nacional de Aparecida, em Aparecida (SP). A missa foi presidida por dom José Moreira de Melo, bispo de Itapeva (SP) e referencial para a Comunicação no Regional Sul 1. A celebração ocorreu no auditório padre Noé Sotillo, no subsolo do Santuário.

Em sua homilia, o bispo enfatizou a importância de o cristão ter consciência de viver a ética em seu significado original. “Que possamos crescer na busca de trabalhar com senso crítico, fé e profissionalismo”, enfatizou dom José.Em seguida, por meio de videoconferência, falou aos participantes do evento diretamente de Roma o presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais da Santa Sé, cardeal Cláudio Maria Celli. Ele iniciou sua mensagem, considerando a concorrência que há entre o anúncio da Verdade e o testemunho cristão.“Para realizarmos uma comunicação eficaz, é preciso considerar um estilo de vida pessoal e institucional. A sociedade atual exige muito de nós, especialmente com seus graves problemas de justiça, da ecologia e da economia. Neste contexto, a Igreja deve anunciar a esperança. Deve comunicar o mistério do amor de Deus ao homem de hoje”.

Dom Celli enfatizou que ao mesmo tempo em que comunicamos uma mensagem, levamos comunicamos a nós mesmos. “Há uma dupla dimensão comunicativa: comunicamos também os nossos interesses, nosso estilo de vida. Não podemos ser ‘falsos profetas’, como diz Jesus no evangelho de Mateus. Não podemos servir a dois senhores”.Em nome dos participantes do Encontro, dom Dimas Lara Barbosa, presidente da Comissão de Comunicação da CNBB, agradeceu as palavras do cardeal, e convidou a todos a sauda-lo com o cântico de parabéns, já que dom Celli é aniversaria hoje.

Em seguida, teve início a mesa redonda da manhã, com o tema Pascom: identidade e missão.A cobertura do evento também disponibiliza matérias para televisão e rádio, nas páginas da WebTVRedentor e da Rede Católica de Rádio.Uma missa e uma videoconferência marcaram a abertura das atividades desta sexta-feira, 20 de julho, do 3º Encontro Nacional da Pascom, promovido pela CNBB no Santuário Nacional de Aparecida, em Aparecida (SP). A missa foi presidida por dom José Moreira, bispo de Itapeva (SP) e referencial para a Comunicação no Regional Sul 1. A celebração ocorreu no auditório padre Noé Sotillo, no subsolo do Santuário.

Em sua homilia, o bispo enfatizou a importância de o cristão ter consciência de viver a ética em seu significado original. “Que possamos crescer na busca de trabalhar com senso crítico, fé e profissionalismo”, enfatizou dom José.

Em seguida, por meio de videoconferência, falou aos participantes do evento diretamente de Roma o presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais da Santa Sé, cardeal Cláudio Maria Celli. Ele iniciou sua mensagem, considerando a concorrência que há entre o anúncio da Verdade e o testemunho cristão.

“Para realizarmos uma comunicação eficaz, é preciso considerar um estilo de vida pessoal e institucional. A sociedade atual exige muito de nós, especialmente com seus graves problemas de justiça, da ecologia e da economia. Neste contexto, a Igreja deve anunciar a esperança. Deve comunicar o mistério do amor de Deus ao homem de hoje”.

Dom Celli enfatizou que ao mesmo tempo em que comunicamos uma mensagem, levamos comunicamos a nós mesmos. “Há uma dupla dimensão comunicativa: comunicamos também os nossos interesses, nosso estilo de vida. Não podemos ser ‘falsos profetas’, como diz Jesus no evangelho de Mateus. Não podemos servir a dois senhores”.

Em nome dos participantes do Encontro, dom Dimas Lara Barbosa, presidente da Comissão de Comunicação da CNBB, agradeceu as palavras do cardeal, e convidou a todos a sauda-lo com o cântico de parabéns, já que dom Celli é aniversaria hoje. Em seguida, teve início a mesa redonda da manhã, com o tema Pascom: identidade e missão.

A cobertura do evento também disponibiliza matérias para televisão e rádio, nas páginas web da TV Redentor e da Rede Católica de Rádio.

Fonte: Site da CNBB

quarta-feira, 18 de julho de 2012

São Paulo acolhe encontro dos secretários regionais da CNBB

No encontro do ano passado, realizado no Rio Grande do Sul, os secretários
e secretárias escolheram o Regional Sul 1 para sediar esse encontro

O Regional Sul 1 da CNBB (que corresponde o Estado de São Paulo) sedia, de 23 a 27 de julho, o encontro dos secretários regionais da CNBB.  Entre os presentes, estarão Dom Leonardo Ulrich Steiner, secretário geral da CNBB e o Presidente do Regional Sul 1, cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer. O encontro vai reunir os secretários dos 17 Regionais.

Segundo o secretário executivo do Regional Sul 1 da CNBB, padre Nelson Rosselli Filho “os Encontros Nacionais dos Secretários Regionais acontecem anualmente (geralmente no mês de julho) em diversos Regionais da CNBB. O último encontro aconteceu no Regional Sul 3 (Rio Grande do Sul ), em julho de 2011, que escolheram como sede do próximo encontro a cidade de São Paulo em 2012”, explica padre Nelson.

Os Encontros têm como principal objetivo de proporcionar momentos de estudo, espiritualidade e reflexão, além de momentos de convivência e lazer entre os secretários regionais.

Segundo a programação do encontro, os participantes chegam à São Paulo na segunda-feira (23) e ficarão hospedados no mosteiro São Bento.  Na terça-feira, dia 24, às 9h, haverá uma Reunião na sede do episcopado paulista, com a presença do secretário geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner. À tarde está previsto um encontro com o Presidente do episcopado paulista, o cardeal Dom Odilo com os secretários e padres subsecretários das sub-regiões pastorais do regional.

Durante os demais dias do encontro os participantes passearão por Campos do Jordão, sendo que na quinta-feira, visitarão a Paróquia Imaculada Conceição da cidade de Mauá e em seguida conhecerão um pouco da história da cidade de São Paulo, percorrendo os principais pontos históricos do centro, como o Páteo do Colégio, Catedral da Sé, Museu de Arte Sacra e Mosteiro da Luz.

Na sexta-feira (27) os secretários regionais participarão pela manhã da celebração eucarística de encerramento.


Ano da Fé, ocasião para redescobrir mensagem de Jesus


Castel Gandolfo (RV) - O Ano da Fé, promulgado por Bento XVI com a Carta Apostólica “Porta Fidei”, começa no dia 11 de outubro próximo, e se encerra em 24 de novembro de 2013.
Em peregrinação a Roma, acompanhando um grupo de sua diocese à Castel Gandolfo, Dom Sergio Colombo, bispo de Bragança Paulista (SP), foi entrevistado por Alberto Goroni da Rádio Vaticano, a quem afirmou que “o Ano da Fé é uma ocasião para redescobrir a mensagem de Jesus”.
“O Ano da Fé é o ano em que a Igreja é convidada a voltar às fontes, ao Evangelho, ao catecismo, para redescobrir a mensagem de Jesus. Jesus não pode ser esquecido, Jesus não pode ser um ídolo, o Evangelho e o Jesus não podem ser banidos da vida das pessoas, da sociedade, porque se banirmos Jesus de nossas vidas, não poderemos viver a fraternidade e a solidariedade propostas por Ele, que é o caminho que nos leva para a eternidade.
Então o Ano da Fé é o ano da descoberta para muitos, ou da redescoberta, de Jesus: encantamento, paixão por Ele, um novo conhecimento da mensagem Dele, uma adesão renovada, de coração aberto a Ele”.

Fonte: Rádio Vaticano

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Encerramento do 3. Congresso Missionário Nacional



O Congresso Missionário Nacional que  teve início no dia 12 de julho, encerra-se na manhã deste domingo com uma celebração eucarística presidida pelo arcebispo de Palmas, Dom Pedro Brito Guimarães e concelebrada pelo secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e bispo auxiliar de Brasília, Dom Leonardo Steiner.

Foram quatro dias de intensa atividade marcada por palestras, depoimentos e testemunhos de representantes dos conselhos missionários, instituições e organismos missionários ligados à CNBB e às Pontifícias Obras Missionárias (POM), ambas responsáveis por projetos de evangelização no país.
Além de painéis temáticos que refletiram o tema central do Congresso, discipulado missionário: do Brasil para um mundo secularizado e pluricultural, à luz do Vaticano II, o evento deu voz às crianças e jovens, aos leigos, à vida religiosa consagrada e aos ministros ordenados que são os protagonistas da evangelização em frentes missionárias no Brasil e além-fronteiras.

Estes grupos se reuniram em mutirão para partilhar a caminhada feita até agora, reafirmar a vocação de enviados e refletir o ser discípulo missionário. A Infância e a Adolescência Missionária puderam relatar suas experiências aos cerca dos 600 participantes e pôr em evidência a Jornada Mundial da Juventude e o Ano da Infância Missionária, a serem realizados em 2013.

Muitos testemunhos puderam ser partilhados na tarde da sexta-feira, emocionando os participantes diante da atuação de leigos e religiosos que atuam na missão ad gentes (além-fronteiras), enfrentando desafios na evangelização dos povos. São muitas realidades desconhecidas, frentes missionárias que necessitam de anunciadores da palavra de Deus, sobretudo em lugares como a Amazônia, África e Haiti.

O Padre Wellington Alves, missionário comboniano, apresentou sua experiência de missão no Sudão do Sul, na África; irmã Lourdes Hummes, misisonária Serva do Espírito Santo, falou sobre a missão na Oceania; irmã Antônia Mendes, das Irmãs de Nossa Senora do Calvário, apresentou o projeto missionário da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) no Haiti; Teone Pereira dos Santos, leiga missionária, contou sua experiência no Moçambique; Padre Renato Trevisan, missionário xaveriano, apresentou experiência com povos indígenas na Amazônia; Irmã Izabel Patuzzo, da Congregação das Missionárias da Imaculada – PIME, falou sobre a missão em Hong Kong; Padre Gervásio Fernandes de Queiroga, falou  sobre  os 20 anos dedicados à assessoria da CNBB e sobre a Sociedade Missionária para a Evangelização dos Pobres; Luane Lira, leiga missionária, contou sua experiência no Paraguai; Lúcia de Fátima Cardoso, leiga missionária, discípula de Emaús, discorreu sobre a missão no Timor Leste e Argentina e Padre Francisco Gomes, do Pontifício Instituto das Missões no Exterior (PIME), sobre as atividades no Japão.

O dia foi encerrado com missas celebradas nas 17 paróquias da arquidiocese que acolheram os congressistas.

Por Jaqueline de Freitas e Rosinha Martins, da Assessoria de Imprensa 3º CMN

Lançada no Rio de Janeiro a oração oficial pela JMJ Rio 2013




A Oração Oficial da JMJ Rio2013 foi lançada nesta sexta-feira, 13 de julho no Largo da Carioca, Rio de Janeiro (RJ). Segue na íntegra

ORAÇÃO OFICIAL DA JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE

Ó Pai, enviaste o Teu Filho Eterno para salvar o mundo e escolheste homens e mulheres para que, por Ele, com Ele e nEle, proclamassem a Boa-Nova a todas as nações. Concede as graças necessárias para que brilhe no rosto de todos os jovens a alegria de serem, pela força do Espírito, os evangelizadores de que a Igreja precisa no Terceiro Milênio.

Ó Cristo, Redentor da humanidade, Tua imagem de braços abertos no alto do Corcovado acolhe todos os povos. Em Tua oferta pascal, nos conduziste pelo Espírito Santo ao encontro filial com o Pai. Os jovens, que se alimentam da Eucaristia, Te ouvem na Palavra e Te encontram no irmão, necessitam de Tua infinita misericórdia para percorrer os caminhos do mundo como discípulos-missionários da nova evangelização.

Ó Espírito Santo, Amor do Pai e do Filho, com o esplendor da Tua Verdade e com o fogo do Teu Amor, envia Tua Luz sobre todos os jovens para que, impulsionados pela Jornada Mundial da Juventude, levem aos quatro cantos do mundo a fé, a esperança e a caridade, tornando-se grandes construtores da cultura da vida e da paz e os protagonistas de um mundo novo.

Amém!

Fonte: Site oficila da JMJ Rio2013




sexta-feira, 13 de julho de 2012

Em nota pastoral, Bispo orienta fiéis para o voto consciente



Aproximando-se as eleições municipais, a Diocese de Marília, divulgou uma carta pastoral sobre a importância do voto consciente. A texto redigido pelo bispo da Diocese de Marília, Dom Osvaldo Giuntini é direcionado ao Povo de Deus presente em toda a diocese.

Mensagem de Dom Osvaldo para as Eleições 2012

A Paz de Cristo esteja com todos!

 Em outubro de 2012, iremos, mais uma vez, eleger os nossos representantes municipais -prefeito, vice- prefeito e vereadores.

Uma grande responsabilidade e uma importante missão, que recaem sobre todos nós, porque somos cidadãos.

Cidadão é toda pessoa que vive na cidade. Cidadania é o exercício dos direitos atribuídos ao cidadão. Além disso, somos cristãos, discípulos de Cristo e membros da Igreja, inserida na sociedade, que se empenha por uma vida digna e justa para todos, sem exceção.

Estamos num momento muito particular e muito importante chegando a uma nova eleição em nossas cidades. Pode parecer no Brasil excesso, mas é também oportunidade. Oportunidade de confirmar a opção que fizemos em eleições passadas ou repensar se modificar o que não vemos como bom e justo.

O processo eleitoral deve ser algo tão importante a cada pessoa, e principalmente aos cristãos, porque tem o dever de defender a vida seguindo seu Mestre, que, por amor, deu a vida por todos nós. Se formos pensar bem nas escolhas que fazemos ou na motivação que temos para fazê-las, vamos descobrir que podemos mudar o rumo das coisas ao fazermos uma opção correta e não deixarmos que o exercício da cidadania seja algo viciado, que leva em conta interesses pessoais em detrimento do coletivo.

Tempo de eleição é um tempo de esperança e não de descrédito. E mais uma chance que temos para nos renovar, de redirecionar as coisas ou fortalecer o que está dando certo.

O cristão nessa hora é chamado a fazer a diferença e principalmente fazer diferente.

Conheça os candidatos, veja sua vida, o que ele defende, onde atua e por quem está se candidatando. Denuncie a compra de votos e toda forma de corrupção. Quem se deixa corromper é tão errado quanto aquele que corrompe.

Não se deixe enganar com a ideia de que nada muda. A mudança começa com você. Partilhe e compartilhe os seus pensamentos, suas angústias com seus irmãos e acredite que essa oportunidade é graça de Deus em sua vida.

No exercício da cidadania, vamos atuar com coragem e sermos portadores da mensagem de esperança que esse momento nos propicia. O cristão deve ser alguém que se arrisca e, diante dos desafios, não esmorece.
Façamos dessa eleição um momento particular em nossa vida e na defesa de nossas cidades. Sejamos intransigentes defensores dos valores cristãos.

Ouçamos o que São Paulo diz aos fiéis: "Antes de tudo, peço que se façam súplicas, orações, intercessões, ação de graças, por todas as pessoas, pelos reis e pelas autoridades em geral, para que possamos levar uma vida calma e tranqüila, com toda e piedade e dignidade. Isto é bom e agradável a Deus, nosso Salvador" (I Carta de Paulo a Timóteo 2,1-3).

Dom Osvaldo Giuntini
Bispo Diocesano


Cartilha para Orientação sobre as Eleições Municipais 2012

Também o Conselho Diocesano de Leigos (CDL), juntamente com a Comissão de Justiça e Paz (CJP) de Marília, produziu um comunicado para a população da cidade de Marília, com o objetivo de ajudar na conscientização para as eleições municipais que se aproximam.

Segundo informou o Coordenador Diocesano de Pastoral, padre Carlos Roberto dos Santos, o CDP (Centro Diocesano de Pastoral) encaminhará a todas as paróquias um exemplar da Cartilha para Orientação sobre as Eleições Municipais 2012. O texto, que tem como título "Eleições Municipais 2012: cidadania para a democracia" foi produzido pelo Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB), pela Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP), pelo Centro Nacional de Fé e Política "Dom Helder Câmara" (CEFEP) e pelas Pastorais Sociais da CNBB.




quinta-feira, 12 de julho de 2012

Carta dos Bispos ao povo de Deus na Amazônia


Os Bispos da Região Amazônica reuniram-se em Santarém, no Estado do Pará,
para a comemoração dos quarenta anos do "Documento de Santarém" (1972)

Na celebração final do 10. Encontro da Igreja na Amazônia, realizada em Santarém (PA), nesta sexta-feira, 6 de julho, o cardeal dom Claudio Hummes, presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia, e os bispos dos regionais da CNBB que abrangem a região divulgaram uma Carta ao Povo de Deus. O encontro também contou com a participação de dom Leonardo Steiner, secretário geral da Conferência.

Leia a Carta:
CARTA AO POVO DE DEUS
Irmãs e irmãos caríssimos em Cristo Jesus,
Povo de Deus na Amazônia,

“Não tenha medo, cotinue a falar e não se cale, pois eu estou contigo“ (At 18,9)

“Cristo aponta para a Amazônia“ lembrava o Papa Paulo VI aos bispos da Amazônia por ocasião de seu encontro em Santarém, de 24 a 30 de maio de 1972, marco indelével na história da Igreja desta grande região brasileira, habitada por povos de culturas e tradições tão diferenciadas do outro Brasil.

Expressamos nossa gratidão ao Deus da vida porque nestes 40 anos, não obstante nossas fragilidades, nossa Igreja tem anunciado Jesus Cristo ressuscitado, caminho, verdade e vida e tem marcado presença junto ao povo sofrido, sendo muitas vezes a voz dos povos indígenas, ribeirinhos, quilombolas, seringueiros e migrantes, nas periferias e em novos ambientes do centros urbanos animando as comunidades na reivindicação do respeito pela sua história e religiosidade. É também a vida destes povos, seu modo de viver, sua simplicidade, seu protagonismo, sua fé que nos encantam! Não faltou o testemunho de entrega da própria vida até o derramamento de sangue. Este testemunho nos anima, nos encoraja e nos fortalece. São também protagonistas religiosos e religiosas, pastorais, movimentos e serviços que tem sido uma força viva e atuante na realidade das nossas comunidades.

Constatamos avanços no campo social e político, com novos organismos de participação, conselhos de políticas públicas, participação nas campanhas por leis mais justas, aumento da consciência e engajamento na questão ecológica. No campo econômico, cresce o consumo e o poder aquisitvo embora nem sempre acompanhado do aumento da qualidade de vida. A vida na Amazônia continua sofrida.

Há séculos os povos da Amazônia gemem e choram sob o peso de um modelo de desenvolvimento que os oprime e exclui do “banquete da vida, para o qual todos os homens e mulheres são igualmente convidados por Deus“ (SRS 39). A Igreja ouve os gritos, às vezes desesperados, e se identifica com o seu clamor, conhece o seu sofrimento. Mais ainda, a Igreja declara que “as alegrias e esperanças, as tristezas e as angústias dos homens e mulheres, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e angustias dos discípulos de Cristo“ (cf. GS 1).

As decisões sobre o desenvolvimento da Amazônia sempre são tomadas a partir de fora e visam unica e exclusivamente a exploração das riquezas naturais sem levar em conta as legítimas aspirações dos povos desta região a uma verdadeira justiça social. Quando Paulo VI declarava que “o desenvolvimento é o novo nome da paz“ (PP 87), não pensava num “crescimentismo“ meramente econômico, unilateral e excludente, mas convidava a todos os povos da terra a empenhar-se por um mundo justo, fraterno e solidário, na perspectiva do Reino que Jesus veio a anunciar “para que todos tenham vida“ (Jo 10,10).

Como quarenta anos atrás, a Amazônia continua sendo considerada a “colônia“, mesmo que abranja mais da metade do território nacional. Para a metrópole – Brasília, o sudeste e o sul do País – Amazônia é apenas “província“, primeiro província madeireira e mineradora, depois a última fronteira agrícola no intuito de expandir o agronegócio até os confins deste delicado e complexo ecossistema, único em todo o planeta. De uns anos para cá a “província“ recebeu mais um rótulo, sem dúvida o mais desastroso, pois implicará a sua destruição programada, haja visto o número de hidrelétricas projetadas para os próximos anos: a Amazônia é declarada a província “energética“ do País. Sob a alegação de gerar energia limpa se esconde a verdade de que mais florestas sucumbirão, mais áreas, inclusive urbanas, serão inundadas, milhares de famílias serão expulsas de suas terras ancestrais, mais aldeias indígenas diretamente afetadas, mais lagos artificiais, podres e mortos, produzirão gases letais e se tornarão viveiro propício para todo tipo de pragas e geradores de doenças endêmicas.

A história da Amazônia revela que foi sempre uma minoria que lucrava às custas da pobreza da maioria e da depredação inescrupulosa das riquezas naturais da região, dádiva divina para os povos que aqui vivem há milênios e os migrantes que chegaram ao longo dos séculos passados.

Santarém 1972: Encarnação na Realidade e Evangelização Libertadora

Como já em 1972, os bispos reunidos em Santarém de 2 a 6 de julho de 2012 não detectam apenas os mecanismos perniciosos responsáveis pela miséria dos povos e a devastação das florestas, mas os denunciam como responsáveis de gerar “ricos cada vez mais ricos às custas e pobres cada vez mais pobres“ (João Paulo II, Discurso inaugural de Puebla, 28 de janeiro de 1979) e de um meio-ambiente cada vez mais deteriorado. O “lar“ (em grego “oikos“ – daí a palavra “ecologia“) que Deus criou para todos nós não pode ser explorado até a exaustão, mas exige cuidado, zelo, amor, também em vista das futuras gerações. Os cientistas alertam sempre mais que a devastação da Amazônia terá consequências irreversíveis para o clima do planeta e se torna assim uma ameaça à vida e sobrevivência de toda a humanidade.

Em 1972 os bispos da Amazônia já identificaram graves feridas neste mundo de selvas e águas que atingiram violentamente os povos originários e tradicionais da região. Como 40 anos atrás, também hoje os bispos se entendem como mensageiros dos povos da Amazônia, profetas que vivem numa grande proximidade com Deus e ao mesmo tempo sintonizados com os acontecimentos históricos, homens de fé que „vêm da grande tribulação“ (Ap 7,14). Nestes nossos tempos, as feridas se tornaram chagas abertas que perpassam e sangram a Amazônia de fora a fora, causando cada dia mais vítimas fatais.

As prioridades da ação pastoral e evangelizadora apontadas em 1972 continuam atualíssimas. Até hoje uma formação adequada à essa região para ministros ordenados, mas também para leigas e leigos que dirigem as comunidades, é fundamental. Importa encarnar a Igreja no chão concreto da Amazônia. Quem exerce um ministério, ordenado ou não, participa do pastoreio de Jesus e está a serviço de seus irmãos e irmãs e quer exercê-lo na simplicidade do lava-pés e numa proximidade fraterna ao Povo de Deus.

As Comunidades Cristãs ou Eclesiais de Base tão recomendadas no Documento Santarém 1972 são expressão de uma Igreja viva e comprometida. Como os bispos já afirmaram em Manaus (2007), elas constituem um dom especial que Deus concedeu à Igreja na Amazônia. São obra do Espírito Santo. O que o Documento de Aparecida afirma, aplica-se de modo especial à Amazônia. As CEBs, diz o documento, “têm sido escolas que têm ajudado a formar cristãos comprometidos com sua fé, discípulos e missionários do Senhor, como o testemunha a entrega generosa, até derramar o sangue, de muitos de seus membros” (DAp 178). As CEB’s são também uma resposta válida e empolgante para o mundo urbano como resposta ao individualismo e a superficialidade do consumismo. Nas CEBs se vive a dimensão samaritana da compaixão ativa e interajuda, de um coração e mãos abertas para quem sofre ou passa necessidade, mas também a dimensão profética de anunciar continuamente a utopia do Reino e, ao mesmo tempo, denunciar todos os mecanismos e estruturas que impedem a chegada do Reino. É exatamente esta dimensão profética que gerou as e os mártires da Amazônia. As CEBs constituem-se em família das famílias onde todos se conhecem e querem bem, mas são também centros de oração e meditação da Palavra de Deus para nutrir a mística profunda da vivência na proximidade de Deus. Ele mesmo se revelou como um Deus-conosco e assegurou aos profetas, apóstolos, discípulas e discípulos: “Eu estarei contigo“ (cf. Ex 3,14; Js 1,9; Jr 1,19; At 18,9-10). Afinal “se Deus está conosco, quem será contra nós“ (Rom 8,31).
Santarém 1972 assume a questão indígena como causa de toda a Igreja na Amazônia. Lembra que no mesmo ano por iniciativa dos bispos, mormente dos da Amazônia, foi fundado o Conselho Indigenista Missionário – Cimi.

Os bispos talvez não imaginavam quarenta anos atrás o imenso apoio que sua decisão significava aos direitos e à sobrevivência de dezenas de povos indígenas na região amazônica que, sem o empenho intransigente da Igreja, teriam desaparecido. A presença solidária e o apoio incondicional à luta por seus direitos foi fundamental para que hoje a maioria dos povos indígenas da região tenha suas terras demarcadas. Foi também de enorme importância gerar uma consciência de respeito e valorização dos povos, suas culturas e seus projetos de “Bem Viver“. Dezenas de povos saíram do silêncio em que foram forçados a se ocultar para sobreviver. Ressurgiram das cinzas e estão lutando pelos seus direitos e suas terras. Alem disso a atuação corajosa dos missionários, selando seu compromisso através do sangue derramado pela vida desses povos, propiciou o surgimento de articulações e organizações dos povos indígenas, essenciais para a conquista de seus direitos e sua autonomia.

Os riscos de extermínio de vários grupos indígenas em estado de isolamento voluntário, exige um renovado compromisso com a sobrevivência de milhares de vidas e povos ameaçados de extinção.

Na perseverança salvareis vossas vidas (Lc 21,19)

Deparamo-nos hoje com uma verdadeira enxurrada de grandes projetos que os Governos querem implantar, seguindo a estratégia do “fato consumado“. Não há discussão, nem consulta popular que merecesse este nome. Decide-se e executa-se. Oponentes são criminalizados ou taxados de inimigos do progresso. Também os ribeirinhos, seringueiros, quilombolas, e outros povos tradicionais sofrem pela falta de reconhecimento suas terras.

A ética na política prometida à nação e esperada pelo povo brasileiro cedeu lugar a uma sequencia ininterrupta de escândalos de corrupção em todos os níveis governamentais.

Somado a estes desafios nos deparamos com a emergência do fenômeno urbano, com o inchaço nas periferias das grandes cidade, exploração sexual, tráfico de pessoas e de drogas, violência. Em vez de investimentos em políticas públicas de saneamento básico, saúde, educação e segurança, o Estado prioriza políticas compensatórias, apoia e incentiva o grande capital, investe na construção de estádios monumentais e outras obras faraônicas.

“Podem roubar-nos tudo, menos a esperança” (D. Pedro Casaldáliga). No caminho de “Santarém”, novamente nos lançamos nas estradas e rios, nas aldeias e quilombos, nos interiores e periferias das cidades, nos grandes centros urbanos desta imensa Amazônia, abraçando a Missão que nos foi confiada, comprometidos com toda a criação e na busca de sermos autênticas comunidades de fé alimentadas pela Palavra e pela Eucaristia. Nesta hora da história o nosso coração às vezes, se angustia por causa de tantas dificuldades que nos desafiam, aparentemente insuperáveis; no entanto, continuamos a ser chamados e enviados como missionários e profetas para alimentar a esperança, como âncora firme e segura (cf Hb 6,19), de um mundo novo, inaugurado por Jesus Cristo Crucificado e Ressuscitado.

Cardeal Dom Odilo envia nota de saudação ao novo arcebispo de Passo Fundo

Publicamos a nota de saudação do Cardeal de São Paulo,  pela nomeação do novo arcebispo para a arquidiocese de Passo Fundo (RS).

São Paulo, 11 de julho de 2012

Excelentíssimo
Dom Antonio Carlos Altieri, SDB
Arcebispo eleito de Passo Fundo – RS


Caríssimo Dom Altieri

Hoje o Papa Bento XVI nomeou o senhor como Arcebispo Metropolitano de Passo Fundo. Uma boa notícia!

Sua nomeação é um sinal do apreço e da confiança do Santo Padre e da Igreja na sua pessoa e no seu trabalho pastoral, dedicado e competente.

Apresento-lhe meus mais sinceros cumprimentos e parabéns! Que Deus o abençoe e ilumine sempre na sua nova missão! Aproveito para agradecer por toda a colaboração oferecida ao nosso Regional Sul 1, da CNBB, como bispo assessor responsável do Setor Juventude.

Conte com minha oração e acolha meu abraço fraterno.

Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer
Arcebispo de São Paulo
Presidente do Regional Sul 1

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Delegação de São Paulo viaja para o Congresso Missionário Nacional


Integrantes da delegação participaram do pré-congresso,
realizado em abril deste ano, no Alto da Lapa, em São Paulo


A Delegação do Conselho Missionário Regional Sul 1 da CNBB, composta por 71 integrantes entre bispo, assessores e lideranças da animação e ação missionária, já está pronta para participar do 3º Congresso Missionário Nacional - CMN, que se realiza entre os dias 12 e 15 de julho, em Palmas, TO, e tem como tema “Discipulado missionário: do Brasil para um mundo secularizado e pluricultural, à luz do Vaticano II”.

A delegação paulista viaja nesta quarta-feira, dia 11 e conta com a presença do presidente do Comire, Dom Vicente Costa e da coordenadora estadual, Maria de Fátima da Silva.

Em entrevista ao Regional Sul 1, Dom Vicente Costa falou sobre suas expectativas em relação ao Congresso. “Espero que o 3º CMN traga uma renovação no ardor missionário da Igreja do Brasil, particularmente para as Igrejas particulares que compõem o Regional Sul 1. Cada vez precisamos viver o mandato do Senhor Jesus e evangelizar de forma nova e autêntica”, afirmou o bispo.

Dom Vicente falou ainda sobre o 32º Encontro Missionário Estadual que vai acontecer de 24 a 26 de agosto, na Diocese de Jundiaí, SP: “procuraremos repassar a experiência do 3º CMN para mais agentes da animação e ação missionária a nível regional!”.

Dom Vicente também comentou sobre a visita que fez recentemente à Amazônia: “estou voltando da visita missionária aos nossos missionários e missionárias do Regional Sul 1 que trabalham na Amazônia (Tefé e Boa Vista) e desejo que o 3º CMN reforce o Projeto Missionário Norte 1 - Sul 1”, concluiu.

Os alojamentos da delegação de São Paulo serão nas paróquias Nossa Senhora Aparecida (Taquaralto) e Nossa Senhora das Mercês (Bela Vista).

O Congresso Missionário Nacional é promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em parceria com as Pontifícias Obras Missionárias (POM) e a Arquidiocese de Palmas, e pretende reunir cerca de 600 pessoas de todo o Brasil. Seu objetivo geral é assumir a dimensão universal da Missão, neste mundo secularizado e pluricultural, guiados pelo Espírito, a serviço do Reino, à luz do Concílio Vaticano II e da caminhada da Igreja na América.

Mais informações: www.pom.org.br/congresso

Dom Altieri é nomeado arcebispo de Passo Fundo



O Santo Padre, o papa Bento XVI nomeou na manhã de hoje, 11 de julho, um novo arcebispo para a arquidiocese de Passo Fundo (RS). O nome designado pela Santa Sé foi o de dom Antonio Carlos Altieri, o atual bispo na diocese de Caraguatatuba (SP).

Nascido aos 18 de outubro de 1951, na cidade de São Paulo (SP), foi ordenado sacerdote em 17 de dezembro de 1978, sagrado por dom Luciano Pedro Mendes de Almeida, e teve sua ordenação episcopal em 28 de outubro de 2006.

O novo arcebispo é conhecido por sua atuação em prol dos jovens. Em outubro de 2007, dom Antonio Carlos Altieri foi confirmado bispo assessor responsável do Setor Juventude do regional Sul 1 (São Paulo) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Para ele, a “Juventude é o rosto da Igreja”.

Com uma vida acadêmica bastante vasta, o bispo é professor de diversas disciplinas como Filosofia, Psicologia, Ciências Físicas, Biológicas, Matemática, e até de piano. E de reconhecimento Pontifício, é bacharel em Teologia e licenciado em Ciências da Educação.

O lema de dom Antonio Carlos Altieri é “Nós acreditamos no amor”.

Fonte: Site da CNBB

terça-feira, 10 de julho de 2012

Nota de pesar pelo falecimento do cardeal Dom Eugênio Sales




Apresentamos a seguir a carta enviada pelo Arcebispo Metropolitano de São Paulo e Presidente do Regional Sul 1 ao Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, por ocasião da notícia do falecimento do cardeal Dom Eugênio de Araújo Salles, Arcebispo Emérito do Rio de Janeiro.

São Paulo, 10.07.2012

Para Sua Excelência Reverendíssima
Dom Orani João Tempesta, O.Cist.
Arcebispo Metropolitano do Rio de Janeiro

Estimado Dom Orani,

Tendo recebido a notícia do falecimento do Eminentíssimo Cardeal Dom Eugênio de Araújo Salles, Arcebispo Emérito do Rio de Janeiro, quero expressar minha pessoal solidariedade ao senhor e a toda a estimada Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro.

Dom Eugênio foi um grande Arcebispo, um Pastor que amou profundamente a Cristo e sua Igreja e, por ela, se dedicou inteiramente. Como Cardeal teve grande solicitude pela Igreja no mundo inteiro, sempre unido ao Papa, Sucessor de Pedro, zelando pela unidade da Igreja e pela fidelidade no cumprimento de sua missão.

Como Arcebispo do Rio de Janeiro deixou uma marca indelével de seu pastoreio nessa Arquidiocese que amou e serviu sem reservas. Seu testemunho de homem da Igreja também marcou profundamente a Igreja no Brasil.

Por isso, agora, elevo minha prece de gratidão a Deus pela vida e pela ação pastoral e evangelizadora de Dom Eugênio, pedindo ao Pastor dos pastores que o acolha nos “prados eternos” e lhe conceda a vida plena na Casa do Pai.

Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer
Arcebispo Metropolitano de São Paulo
Presidente do Regional Sul 1 da CNBB

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Vídeo divulga 3º Congresso Missionário Nacional



A Igreja no Brasil se prepara para o 3º Congresso Missionário Nacional (3º CMN) que reunirá nos dias 12 a 15 de julho em Palmas (TO), cerca de 600 pessoas de todas as regiões do país. O Congresso terá como lema "Como o Pai me enviou, assim eu vos envio" (Jo 20,21) e tema "Discipulado missionário: do Brasil para um mundo secularizado e pluricultural à luz do Vaticano II"

Eleições municipais: Diocese de Amparo distribui cartilha de Orientação

Dom Pedro: "Esta Cartilha, recomendada pelos Bispos do Brasil,
vem orientar os cristãos em vistas das eleições municipais 2012".

A Diocese de Amparo (SP), distribui cartilha para orientação sobre as eleições municipais 2012. O texto que tem como título "Eleições municipais 2012: cidadania para a democracia" é assinado pelo Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB), Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP), Centro Nacional de Fé e Política "Dom Helder Câmara" (CEFEP) e pelas Pastorais Sociais da CNBB.
O Bispo Diocesano, Dom Pedro Carlos Cipolini, envia no final da carta uma mensagem a todas as pessoas da Diocese e nela reforça que a decisão de acolher esse texto como base para orientações sobre as eleições desse ano foi também de todo o clero reunido. Procure a cartilha em sua paróquia e seja um cristão consciente. A distribuição da cartilha aconteceu neste final de semana.
A íntegra da mensagem de Dom Pedro pode ser lida no site http://www.diocesedeamparo.org.br/

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Agentes se reúnem em Aparecida e se preparam para Encontro Nacional da Pastoral da Comunicação

Membros da equipe reunidos em Aparecida, SP no Seminário Bom Jesus

A equipe da Pastoral da Comunicação do Regional Sul 1 (São Paulo) da CNBB se reuniu na sexta-feira, 29 de junho, em Aparecida (SP), para sua reunião bimestral. Excepcionalmente, a reunião foi feita, em Aparecida, para que os membros da equipe conhecessem as instalações onde será realizado o  Encontro Nacional da PASCOM, que acontecerá em Aparecida (SP), de 19 a 22 de julho, abordando o tema “Identidade e Missão”.
Antes da visita ao auditório Noé Sotillo e ao Centro de Eventos Padre Vitor, no Santuário Nacional, a equipe se reuniu no Seminário Bom Jesus. Dentre outros assuntos da pauta, foram debatidos ainda o próximo Encontro Estadual da Pascom, de 23 a 25 de novembro na Arquidiocese de São Paulo.

Agentes da Pascom são recebidos por Dom Raymundo e posam para foto oficial

A reunião contou a presença de representantes de quase todas as sub-regiões do Regional Sul 1 e também de assessores e coordenadores diocesanos da Pascom na Sub-Região Aparecida. Após a reunião, os presentes participaram de um almoço com o cardeal arcebispo de Aparecida, dom Raymundo Damasceno Assis. A tarde aconteceu  a visita monitorada às instalações onde acontecerão as atividades do encontro nacional da Pascom.
De acordo com o Setor de Comunicação Social da CNBB, foram registradas mais de 700 inscrições.  O encontro nacional acontece anualmente e conta com uma programação especial com conferências, painéis, estudo e trocas de experiências, além de seminários e práticas em comunicação. A equipe do Regional Sul 1 ficará responsável pela acolhida e recepção dos participantes durante este encontro.
De Aparecida, Renato Papis, Mtb 61.012. Contribuição Ana Lúcia Zombardi da Diocese de São José dos Campos (SP).

Representantes da Pastoral da Educação se reúnem em Araras

O evento contou com a presença de educadores
das arquidoceses e dioceses do Regional Sul 1

A Pastoral da Educação do Regional SUL 1 da CNBB realizou nos dias 22 a 24 de junho, na Casa de Retiro Emaús, em Araras (SP), seu  Encontro Estadual.
Participaram agentes da Pastoral da Educação de 21  (arqui) dioceses do Regional. Os trabalhos foram acompanhados por Dom Caetano Ferrari OFM, Bispo de Bauru e referencial pela Educação na Comissão para a Cultura, Educação e Comunicação Social, do Regional Sul 1 da CNBB.
Inspirado na 5ª Semana Social Brasileira da CNBB, o tema do Encontro refletiu sobre “A  Educação que temos e a Educação que queremos”.
O Prof. Luiz Antônio de Souza Amaral, coordenador regional da Pastoral da Educação, deu início à intensa programação apresentando, na abertura dos trabalhos,  a Profa. Izabel Arpa Gimenez que analisou a  conjuntura educacional em nível nacional, particularizando o tema  para a realidade de São Paulo. Comentou os passos dados no âmbito da Educação com uma análise do Plano Nacional da Educação (PNE), em tramitação no Congresso.
Em seguida, Frei Carlos Josaphat, OP, refletiu o contexto histórico do Concílio Vaticano II na perspectiva da Educação e do protagonismo do leigo cristão educador.
No sábado, duas palestras apresentaram aspectos da Educação que queremos.  Pe. Antônio Luiz Marquiono ( Pe. Ticão ), da Diocese de São Miguel Paulista, destacou o esforço da  comunidade da Zona Leste da Cidade de São Paulo por uma educação de qualidade, o trabalho junto ao poder público pela obtenção de escolas de ensino superior e as conquistas da USP-Leste e da Universidade Federal.
A Profa. Maria Stela Graciani, da PUC/SP, analisou a pedagogia para o professor de Educação Integral, trazendo aspectos da Educação para a Paz, superação da violência na escola  contra as várias formas de discriminação e por uma Educação Inclusiva.
Seguiu-se o Encontro com a apresentação do  filme que relata a experiência educacional das “Escolas Vocacionais”, destacando – se  o papel da grande educadora Maria Nilde Macelani,  ao  criar uma escola pública  com uma pedagogia renovadora. A Profa. Cecília Guaraná, da Equipe de Coordenação Regional da Pastoral da Educação e ex-membro  do corpo docente das Escolas Vocacionais, orientou os debates sobre o significado das escolas  vocacionais no contexto da  Educação Brasileira.
Nos  grupos, os participantes aprofundaram as reflexões e sintetizaram  conclusões para elaboração de documento  com diretrizes para a Pastoral da Educação no Regional Sul 1 da CNBB.
Trabalhando em  Oficinas Temáticas participantes aprofundaram os temas: Educação para a Paz, superação da discriminação racial, organização diocesana da Pastoral da Educação, evangelização dos professores e as  Equipes Docentes, CF na escola, Ensino Religioso na escola, Mobilização Social pela Educação – projeto MEC.
Dom Caetano Ferrari, OFM, no encerramento, deu a benção e  fez o envio dos educadores para  a missão na Pastoral da Educação nas Dioceses do Regional.   


Tudo pronto para o 2º ERIM do Regional Sul1




No domingo, 01, a equipe da Infância e Adolescência Missionária (IAM) do Regional Sul1 da CNBB, se reuniu em sua sede, localizada na Obra dos Cenáculos Missionários (OCM), no bairro da Lapa, em São Paulo-SP, para definir os últimos detalhes do 2º Encontro Regional da Infância Missionária (ERIM), que será realizado nos dias 20 a 22 de julho, na cidade de Araras.



Em sintonia com a Campanha da Fraternidade deste ano, o tema será "Missão e Ecologia" e lema "Infância e Adolescência Missionária: mãos unidas ajudando a difundir a saúde sobre a Terra". Segundo Nádia Maria da Silva Fusinato, coordenadora Regional da IAM, a metodologia do encontro ajudará os participantes a refletirem a realidade da saúde no Brasil e em todo o mundo. "Além do tema geral que será trabalhado pelo padre André, teremos cinco oficinas que ajudarão as crianças e adolescentes a refletirem diversos temas que estão diretamente ligados à saúde, como o bullying, aborto, bulimia, anorexia, saneamento básico e alimentação saudável. Os momentos de brincadeira não ficarão de fora, mas sempre orientarão os participantes para a prática de exercícios físicos e a redescoberta de jogos e dinâmicas que, para muitas crianças, principalmente das grandes cidades, nem são conhecidas." - afirmou a coordenadora.

Padre André Luiz de Negreiros, Secretário Nacional da Obra, virá de Brasília especialmente para participar do encontro, que espera reunir cerca de 200 crianças e adolescentes de todo o Estado.

A Diocese de Limeira, anfitriã do encontro, está se preparando desde o ano passado para acolher os participantes. Elisangela Rodrigues da Silva, coordenadora diocesana da IAM em Limeira, explicou que a Infância Missionária vem buscando diversas parcerias para que o encontro seja realizado com sucesso. "Toda a diocese está se mobilizando para a realização do 2º ERIM. A equipe diocesana da Infância e Adolescência Missionária, juntamente com o COMIDI (Conselho Missionário Diocesano), a Pastoral da Criança e diversas paróquias estão trabalhando para acolher todos os participantes." - destacou.

A equipe de comunicação da IAM também está se organizando. Assim como aconteceu no primeiro ERIM, a expectativa é que o encontro seja transmitido, ao vivo, através do blog da Garotada Missionária (http://garotadamissionaria.blogspot.com/). "Queremos repetir a experiência do ano passado, quando transmitimos, pela primeira vez, um encontro da Infância Missionária pela internet. Nosso desejo é que outras pessoas, mesmo longe, até em outros países, possam participar das atividades e assim a IAM se torne mais conhecida." - afirmou Carina Piatezzi, que é uma das responsáveis pela comunicação do encontro.

Rodrigo A. Piatezzi
Assessor de Comunicação da IAM

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Evangelizar na caridade

Dom Nelson Westrupp, scj, Bispo Diocesano de Santo André 

A caridade é o coração e o dinamismo mais autêntico da missão da Igreja, que é evangelizar. Contemplando a realidade que nos cerca, cada vez mais agnóstica e descrente, percebemos um campo imenso a ser evangelizado. Constatamos um número crescente de pessoas distantes da prática religiosa, levando uma vida pessoal e social como se Deus não existisse.

Evangelizar é o melhor serviço que podemos prestar a quem vive afastado de Deus e da comunidade eclesial. A evangelização passa necessariamente pela caridade, pela doação e pelo serviço.
Evangelizar é fazer o que Jesus fez, isto é, por palavras e ações expressar o amor misericordioso e compassivo para com todos, especialmente para com os pequeninos e mais esquecidos de nossa sociedade injusta e excludente.

 Em Jesus, Bom Pastor e Evangelho vivo do Pai, a própria palavra faz-se “evangelho em ação”. Nele não há separação nem dicotomia entre o que diz e faz, entre palavra e ação. Sendo assim, o modo mais eficiente de evangelizar é testemunhar a fé com as obras (cf. Tg 2, 14s), ou seja, fazer o Evangelho acontecer com a própria vida.

 Por outro lado, a Igreja não pode dissociar a dimensão humana da dimensão divina. O que se realizou no tempo de Jesus, como sinal do amor de Deus, promoção da justiça e da libertação (cf. Lc 4, 18-22), a Igreja, cada um de nós, é chamada a realizar também, pois é o mesmo Cristo que opera na Igreja de hoje.
Por consequência, a Igreja não pode, sob pena de trair a própria missão de Jesus, separar a salvação da justiça e da libertação, ou, ainda, não podemos separar a evangelização da ação  caritativa.

A caridade significa tanto o amor que Deus, em Cristo, tem para conosco, como amor que nós devemos ter para com nossos semelhantes. As qualidades de ambos são as mesmas: tudo o que é dito do amor de Deus para conosco, é dito igualmente do nosso amor para com os irmãos, pela simples razão de que se trata do mesmo amor. Urge da parte da Igreja recuperar a centralidade da caridade em sua caminhada de Povo de Deus. Está em jogo a fidelidade ao Evangelho. Anunciar o Evangelho é a primeira caridade, é o serviço por excelência. Engajemo-nos nessa obra.   

terça-feira, 3 de julho de 2012

Transmitir a fé

Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo e Presidente do Regional Sul 1 da CNBB

No próximo mês de outubro, em Roma, será celebrada a 13ª Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos, sobre o tema: “Nova evangelização para a transmissão da fé cristã”. Participarão representantes escolhidos por todas as conferências episcopais do mundo, além de convidados, entre presbíteros, leigos, religiosos, diáconos e outros grupos e organizações eclesiais. O Papa, que convoca e preside ao Sínodo, receberá, depois, o fruto dos trabalhos sinodais e, como de costume, fará uma exortação apostólica pós-sinodal sobre o tema tratado.

A assembleia do Sínodo irá de 7 a 28 de outubro; durante a sua realização, será feita a abertura do cinquentenário do Concílio Vaticano 2º e do vigésimo aniversário do Catecismo da Igreja Católica; e o Papa abrirá a celebração do Ano da Fé, que se estenderá até novembro de 2013. Além disso, no Domingo das Missões, dia 21 de outubro, serão canonizados sete novos santos, vários dos quais foram grandes missionários. Todos esses eventos estão relacionados entre si e nos fazem compreender melhor a importância e o alcance do tema escolhido para o próximo Sínodo.

A missão principal da Igreja é o anúncio do Evangelho; não como mensagem estranha a nós, que poderíamos proclamar mesmo sem que ela nada significasse para nossa vida pessoal. Anunciamos a Palavra da Vida, na qual cremos firmemente; cremos e, por isso, proclamamos e testemunhamos. Eis porque será comemorado o Ano da Fé: para nós reafirmarmos naquilo que a Igreja recebeu dos apóstolos e transmitiu fielmente até hoje; no Batismo, recebemos a fé da Igreja como um dom: “esta é a fé da Igreja, que alegremente professamos, razão da nossa esperança em Cristo Jesus, Nosso Senhor”. Infelizmente, ao longo da vida, nem sempre tornamos “nossa” essa fé da Igreja, mediante um ato de fé pessoal e consciente.
O papa João 23, ao convocar o Concílio Ecumênico Vaticano 2º, quis que o primeiro objetivo desse Concílio fosse aprofundar e renovar a fé da Igreja Católica; não pensava na revisão das verdades da fé, nem na proclamação de novas verdades, mas numa tomada de consciência renovada e na proclamação generosa da fé dentro da cultura mudada do nosso tempo. É bem a isso nos está convocando agora o papa Bento 16, com o Ano da Fé; e nos indica a retomada do Concílio, como grande referência para a fé da Igreja e nossa vida cristã pessoal e comunitária. Onde encontrar a explicação autêntica e oficial da nossa fé? Muitos livros e textos poderiam ser úteis, mas o livro da explicação oficial da fé e da vida cristã e eclesial é o Catecismo da Igreja Católica. Eis porque o devemos retomar e estudar com carinho e desejo de aprender, comungando na mesma fé da Igreja.

A transmissão da fé é a questão prioritária nessa mudança de época; a próxima geração vai crer e continuar a cultivar a vida eclesial se nós, agora, lhe passarmos o patrimônio da herança apostólica e de tradição viva da Igreja; por isso, a primeira coisa necessária é a renovação da nossa própria profissão de fé; em seguida, vem a transmissão da fé à nova geração, de muitos modos: pelo casamento religioso e a constituição de famílias cristãs; pelo Batismo dos filhos e sua introdução na vida cristã e eclesial; pela ação missionária, feita de muitos modos, mas sem deixar de lado o testemunho coerente e o anúncio explícito da fé às pessoas do nosso tempo e de nosso convívio. Transmitir a fé, portanto, empenha a todos os membros da Igreja e nos desafia a sermos discípulos missionários de Jesus Cristo de forma corajosa e generosa, não obstante às dificuldades próprias do nosso tempo. Deus não deixará de fazer produzir frutos a todo esse esforço.


Publicado em O SÃO PAULO, ed. de 03.07.2012